terça-feira, 26 de agosto de 2014

Tabagismo em pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço

A associação entre o hábito de fumar e o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço é muito bem estabelecida. A imensa maioria dos tumores malignos dessa região ocorre em pessoas que fumam. Por isso, é muito importante que a população seja orientada a evitar o tabagismo e, principalmente, procurar um médico em casos de feridas na boca ou garganta, rouquidão, dificuldade para engolir, dor, ou nódulos no pescoço. O fumante deve ter noção que ele é uma pessoa de alto risco para o desenvolvimento desses tumores e, por isso mesmo, deve estar sempre atento aos sintomas descritos.
As pessoas que fumam têm uma tendência a demorar para procurar o médico, não querem mostrar que estão doentes, já que em geral sofrem uma pressão da família para parar de fumar. Vivem ouvindo que “fumar é errado, dá câncer, etc”, e mesmo sabendo que é verdade, inicialmente tendem a esconder a doença. Pois essa é uma atitude muito errada, porque faz com que a procura ao atendimento médico seja atrasada, e desta forma os tumores são tratados mais tardiamente, o que diminui as chances de cura.
Se as pessoas já nem deveriam fumar devido aos malefícios que o cigarro traz, quando descobrem que são portadoras de câncer é que realmente deveriam parar. Elas devem entender que o cigarro estará “alimentando” o tumor, e que o ato de continuar fumando pode acabar por tornar o tratamento uma verdadeira batalha perdida.
Tabagistas costumam fumar mais quando estão passando por situações de estresse, angústia ou tristeza. O próprio fato da pessoa descobrir que têm câncer já causa uma angústia intensa, em especial nesses casos onde o indivíduo apresentou um comportamento de risco que poderia ter sido evitado. A pessoa sente-se culpada pela doença, e pode ficar deprimida. Com tudo isso, pode ter a tendência de fumar mais. Pois é justamente o oposto do que ela deve fazer. Ao invés de fumar mais para “aliviar a angústia”, ela deve entender que é o cigarro o causador dessa doença terrível, e por isso mesmo parar imediatamente.
O ato de parar de fumar é uma tarefa realmente difícil. Em primeiro lugar, o fumante aprecia o hábito, gosta de fumar, e parar de fumar significa uma mudança no comportamento em diversos aspectos do cotidiano. Além disso, existe dependência química e psicológica, o que ainda dificulta mais o processo.
Ainda assim, muitos conseguem vencer essa batalha. Aliás, o fumante que tem ou teve câncer deve ter muita consciência que precisa vencer duas batalhas para continuar vivendo: o tabagismo e o próprio tratamento do câncer. Os que conseguem gozam de mais saúde, alegria de vencer os desafios, e iniciam uma nova vida. E é isso justamente o que toda a equipe médica que acompanha o doente deseja: que sua vida seja melhor.
De maneira geral, os fumantes podem parar de fumar por conta própria, mas muitos precisam de ajuda profissional para conseguir. Há diversos profissionais dispostos a ajudar que deseja parar de fumar: além do próprio cirurgião, há psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, etc. Há ainda diversas entidades dispostas a auxiliá-los nessa jornada. Seguem alguns sites relacionados, de grande interesse para os que desejam realmente parar de fumar.
                                                                                                                             Fonte: www.sbccp.org.br